A disparada no preço da gasolina em alguns postos de Belo Horizonte nas últimas horas têm feito com que o etanol se torne mais competitivo e vantajoso aos motoristas. O encarecimento visto nas bombas de alguns estabelecimentos da capital ainda é fruto da greve de tanqueiros da Vibra - antiga BR distribuidora - no início da semana. A paralisação durou pouco mais de 24 horas e reduziu os estoques disponíveis para abastecimento.
Neste cenário, postos elevaram o preço da gasolina a até R$ 6,79, conforme mostrou O TEMPO nessa quarta-feira (11). O etanol também ou a ser vendido mais caro, em torno de R$ 4,39, mas ainda assim se manteve mais competitivo aos motoristas em comparação à gasolina. O percentual médio de diferença entre as duas opções depende de pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O levantamento com os dados desta semana deve ser divulgado a partir da próxima segunda-feira. O último registro do órgão, referente ao período entre 1º a 7 de junho, mostra que o preço do etanol correspondia a 70% do valor da gasolina. Houve uma queda neste percentual, no entanto, a partir da variação observada após a greve.
Em alguns estabelecimentos, o etanol corresponde a 68% da gasolina. O cálculo foi feito considerando o biocombustível sendo comercializado a R$ 4,39, frente aos R$ 6,39 da gasolina. Em via de regra, o etanol, para ser minimamente competitivo com a gasolina, precisa ser pelo menos 30% mais barato - ou seja, o preço tem de corresponder a até 70% do valor da gasolina.
Para chegar ao percentual basta dividir o valor do etanol pelo litro da gasolina e multiplicar o resultado por 100. Caso o resultado seja inferior a 70%, o biocombustível estará mais competitivo à gasolina.
O do site de pesquisas Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, sinalizou que a movimentação é natural, tornando o etanol mais vantajoso. “Fatalmente caiu dos 70% que achamos na semana ada”, disse, em referência à última pesquisa feita sobre o valor dos combustíveis. Por outro lado, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) reforçou que não monitora preços praticados nos postos de combustíveis.